Por: Isabela Muniz Navarro Razinhas – aluna de graduação em Biomedicina na UFF.
Orientação: Prof.ª Dr.ª Lucianne Fragel Madeira e Dr. Gustavo Henrique Varela Saturnino Alves.
O Brasil enfrenta uma onda de calor extremo e em diversas cidades, os termômetros chegam a marcar temperaturas máximas, próximas ou acima dos 40 graus e com sensação térmica atingindo os 60 graus. Os prejuízos ao organismo causados pelas altas temperaturas vão muito além do desconforto. O perigo, não importa a idade e a boa saúde, começa quando a temperatura do ar supera a do corpo humano, de cerca de 36,5 graus Celsius, pois acima dessa temperatura, o corpo fica sobrecarregado para se manter em equilíbrio.
A insolação é o problema mais preocupante associado à exposição ao calor extremo e, em casos mais graves, ou, quando não tratada adequada e imediatamente, pode provocar diversas complicações em órgãos vitais, tal como o cérebro, inclusive com consequência de coma e morte. Uma das principais características é a desidratação, que deve ser revertida o mais rápido possível.Sem tratamento imediato, as chances de óbito são altas e a pessoa atingida pode ficar com sequelas irreversíveis. Além disso, os rins podem ficar comprometidos. É uma condição séria provocada pelo excesso de exposição ao sol e ao calor intenso. Ela acontece quando a temperatura corporal ultrapassa os 40 graus, fazendo com que o mecanismo de transpiração falhe e o corpo não consiga se resfriar. O quadro de insolação merece especial atenção porque com o aumento rápido da temperatura corporal, a pessoa acaba perdendo muita água, sais e nutrientes importantes para manutenção do equilíbrio do organismo. É importante lembrar que a condição da insolação está bastante associada ao clima quente e seco, mas também pode ocorrer em ambientes úmidos.
A insolação é causada basicamente por situações de exposição prolongada ao sol e ao calor. Normalmente acontece em ambientes muito quentes ou em situações que provoquem aumento rápido da temperatura corporal, como, por exemplo:
A insolação causa sintomas que vão aparecendo aos poucos. Os primeiros sinais são:
Dependendo do tempo de exposição ao sol, os sintomas podem ser mais graves e podem incluir, entre outras coisas:
Alguns fatores, hábitos, posturas, comportamentos e situações podem aumentar os riscos de insolação. Crianças, idosos, pessoas com doenças crônicas, como câncer, diabetes, hipertensão, e pessoas com imunidade baixa, como transplantados e portadores de HIV/Aids, devem ter cuidado especial com a insolação, uma vez que esta condição pode provocar efeitos colaterais graves com maior probabilidade nesse público. Outros fatores de risco incluem:
Se você presenciar algum caso de insolação, as medidas abaixo devem ser tomadas para auxiliar a pessoa. São os primeiros socorros até a chegada de um médico. O objetivo inicial é baixar a temperatura corporal, lenta e gradativamente. Para isso, siga os seguintes passos:
É possível prevenir a insolação adotando medidas bem simples. São posturas de auto cuidado e bom senso.
O tratamento da insolação consiste em reduzir a temperatura corporal da pessoa e hidratar bastante o organismo. Para isso, os profissionais de saúde podem oferecer água e manter a pessoa em um lugar fresco, com sombra e ventilação, ajudando na recuperação. Dependendo do caso, pode ser necessária hidratação venosa e uso de compressas de água fria e panos molhados para ajudar a baixar a temperatura corporal.
Hidratar-se é uma forma eficaz de se proteger!
Figura 1: Altas temperaturas
Figura 2: Queimaduras
Referências: