Hoje é possível comprar diversos itens digitais, os Tokens Não-Fungíveis (NFTs). A tecnologia atual permite uma nova forma de produção e de comercialização das obras autorais, sejam elas artísticas, literárias ou científicas. As obras são compartilhadas a todo o momento.

Mas afinal o que é ser fungível ou não fungível? Algo fungível é algo que pode ser replicado com a mesma aparência e valor. Algo não-fungível não pode ser replicado. Vamos explicar melhor 

Por exemplo, uma figurinha de álbum de futebol, podem  existir várias com mesma imagem e mesmo valor, concorda?! Então isso é fungível. Mas, uma figurinha, deste mesmo álbum, autografada pelo jogador de futebol se torna única, não replicável. Logo, não fungível, entretanto, apresenta valor único. 

Assim também são os NFTs. São itens únicos, registrados com uma assinatura digital que os torna não-fungíveis, únicos.

As principais características do NFT incluem: (a) unicidade, ou seja, o código é diferente para cada token; (b) rastreabilidade, pois cada NFT possui registros de transações em rede, comprovando a autenticidade da obra; (c) NFTs são raros, ou seja, devem ser escassos para sustentar desejabilidade ao longo do tempo; (d) são indivisíveis, de modo que não podem ser divididos em valores fracionários ou menores; (e) NFTs são programáveis. QUANTAS EXIGÊNCIAS NÃO É MESMO?!

A grande dúvida que fica é: com tantos hackers por aí, como ter certeza de que não será feita uma cópia falsa do meu NFT? Hummm, simples: Assim como existem especialistas que atestam a autenticidade de obras de artes, também existem meios de garantir que o NFT é autêntico.

Hoje em dia há galerias digitais e leilões de arte virtuais, em que a compra das obras de arte é efetuada através de criptomoedas. Hein?!! Só pra esclarecer, as criptomoedas são moedas online que utilizam a tecnologia Blockchain (já, já explicarei  o que é isso também, peraí) e criptografia para garantir a validade das transações e a criação de novas unidades de moeda.  Você já deve ter ouvido falar na Bitcoin, a Bitcoin foi a primeira criptomoeda, criada em 2009 por um usuário sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto. Desde então, muitas outras criptomoedas foram criadas.

Ao contrário dos sistemas bancários centralizados, a maioria das criptomoedas usa um sistema de controle descentralizado baseado na tecnologia Blockchain. Blockchain é um livro-registro distribuído em milhares de computadores, que opera em uma rede peer-to-peer (rede de computadores na qual  cada um dos pontos da rede funciona tanto como cliente quanto como servidor e possibilita o compartilhamento de dados, arquivos e documentos sem necessidade de um servidor central). Milhares de computadores, cada um com uma cópia igual de todo o histórico de transações do Blockchain, impedindo que uma entidade central altere unilateralmente o registro ou software sem ser removido da rede e, com isso, garantido a certeza da autenticidade da criptomoeda, obra autoral ou transação.

MAS AFINAL O QUE BLOCKCHAIN E BITCOINS TEM HAVER COM OS TOKENS NÃO FUNGÍVEIS?

De acordo com as pesquisas realizadas por Barbosa, Ferneda e Sas (2021) o uso da tecnologia Blockchain descentralizada, possibilita criar e guardar tokens únicos, escassos e autênticos, os NFTs. O que permite sua comercialização com segurança.

Portanto, os NFTs são uma forma segura e eficiente de registrar obras digitais. Isso ocorre porque quando é feito o upload (carregamento) de uma produção (seja ela artística, literária ou científica), uma transação é criada no Blockchain, ele transmite um token exclusivo associado a essa produção e combinado a uma criptografia (como se fosse uma assinatura digital) do artista. A referida transação está “assinada” pelo criador da criptografia, para provar a autenticidade da obra.

E aew, interessante né?! Quem sabe você também pode descobrir seus talentos artísticos e passar a produzir NFTs para comercializar!